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Inovação na Educação

Inovação na Educação: dados, segurança e o ensino assíncrono


A pandemia de Covid-19 acelerou um movimento que já vinha acontecendo há algum tempo: escolas e universidades estão buscando formas de permitir que o conteúdo seja melhor absorvido e que o ensino seja mais atraente para os alunos. Com a necessidade de educar à distância, tecnologias da comunicação como o Teams foram fundamentais para possibilitar o trabalho colaborativo, desenvolvido por profisisonais, educadores e alunos a partir de suas casas. Antes, o conceito de ensino era síncrono, aquele que acontece em tempo real, geralmente de forma presencial. No entanto, o ensino assíncrono, que permite aos alunos acessarem o conteúdo quando quiserem, foi intensificado pelas ferramentas tecnológicas.


O uso de machine learning também tem sido um recurso importante para entender o momento e o comportamento de cada aluno: quais tarefas provocaram maior interesse, quais pontos do conteúdo não foram assimilados, os alunos estão conseguindo avançar no aprendizado? São dados que oferecem ao professor várias possibilidades de potencializar a transmissão de conhecimento: desenvolver um material específico para a próxima aula, com base nas principais dúvidas dos alunos, é apenas um exemplo. O próprio Teams já apresenta alguns componentes que oferecem insights aos professores que usam o software como plataforma de ensino, permitindo assim o monitoramento do progresso dos alunos, bem como ações que possam gerar engajamento – como a indicação de novas atividades e exercícios práticos, com ferramentas divertidas e eficientes.


Por isso, é preciso que escolas e instituições não apenas coletem, mas saibam o que fazer com esses dados: é necessário que eles sejam disponibilizados para os professores e o time de gestão pedagógica, com o objetivo de apoiá-los na tomada de decisões estratégicas. Por outro lado, quando falamos de ensino à distância, a falta de conhecimento das soluções tecnológicas ainda é a principal barreira para escolas e universidades. Todas as instituições geram dados, mas falta conhecimento sobre como usar a inteligência para coletar informações, catalogá-las e fazê-las trabalharem para si, seja usando AI ou um tratamento de dados simples.

Uma instituição que ainda não iniciou essa jornada pode ter acesso à solução e aprender a coletar dados para aumentar o aprendizado em aula. A Microsoft, por exemplo, tem um segmento de Educação que disponibiliza gratuitamente o Office 365 para instituições com registro no MEC. Após esse primeiro passo, é possível incorporar outros serviços e produtos para avançar cada vez mais, seja ao acessar a nuvem, seja ao conectar soluções de AI ou Power BI – o que lhe permitirá alcançar uma maturidade tecnológica e, posteriormente, obter retorno sobre o investimento.


Virtualização e LGPD

Para tirar o melhor proveito da tecnologia na educação, não podemos deixar de falar da virtualização, recurso cada vez mais usado pelas instituições de ensino, normalmente para criar o cenário de um laboratório. Há algum tempo, uma instituição que oferecia uma disciplina médica nos procurou porque precisava desenvolver um ambiente em que os alunos pudessem saber como fazer a análise, por exemplo, de uma lâmina de sangue, como regular o microscópio etc. Os alunos passaram a usar o celular para ter acesso à realidade aumentada, por meio de uma folha impressa com um código de QR Code. Ao apontar a câmera para o código, o microscópio digital aparece na tela e os alunos começam a manipular o equipamento. A partir daí, o sistema confere um “check” a cada movimento realizado corretamente, grava as informações como parte da trilha de aprendizagem e, ao mostrar a porcentagem da atividade realizada, por exemplo, permite à instituição usar a informação para avaliar seus alunos.

No contexto da pandemia fomos procurados por quase todos os nossos clientes, principalmente por aqueles que envolviam edição de vídeo e imagem, porque esse tipo de atividade exige o uso de equipamentos muito caros. Como dar aula para um aluno com esse tipo de necessidade, ainda mais à distância? Novamente, com virtualização. Ao ligar um ambiente na nuvem, grande e forte o suficiente para o aluno se conectar da casa dele com um computador simples, a instituição permite o acesso ao seu próprio ambiente, por meio de uma experiência virtual. É certo que todas essas tecnologias já existiam, mas com a pandemia foi preciso conectar as soluções disponíveis às novas necessidades, e entregá-las como um serviço a nossos clientes.

Por fim, no contexto das mudanças pelas quais tem passado o ensino, não podemos deixar de falar sobre LGPD. Após a geração de tantos dados, como proteger a informação ? O que é preciso cuidar para estar não só aderente à LGPD, mas também protegida de vazamentos que tragam problemas à instituição ?


Primeiro, é preciso entender o que são dados sensíveis e como protegê-los. A LGPD está em vigor desde 2020 com o intuito de proteger dados pessoais que circulam na internet, exigindo que as organizações garantam a segurança das informações sigilosas e individuais das pessoas que fazem parte de seu círculo de contato. Informações pessoais como RG, CPF, e-mail e histórico escolar de um aluno são dados sensíveis e pessoais. No entanto, é importante lembrar que a legislação do MEC dispõe sobre informações que precisam ser guardadas pelas instituições. Isso significa que não necessariamente será preciso autorização dos alunos para mantê-las. Em outras palavras, a forma como uma instituição vai usar essa informação é o que define se ela vai precisar ou não da autorização do aluno, visto que é da responsabilidade de escolas e universidades zelar pela proteção dos dados que geram.

Alunos, pais e professores ainda estão em uma fase de desafios quando o assunto é o uso de recursos mais modernos na educação. No entanto, a presença da tecnologia nas escolas e universidades é um caminho sem volta, que veio para somar e tornar o ensino mais dinâmico. Por isso, é imprescindível buscar conhecimento e ajuda especializada para lidar com a nova realidade, que leva em consideração o fato de os alunos assimilarem conteúdos de diferentes maneiras.

Por Walter Matos, Especialista em Estratégia e Soluções da Brasoftware



 


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